Utilize este link para identificar ou citar este item: https://bdm.unb.br/handle/10483/13928
Arquivos neste item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
2016_MateusCambuiMilhomens.pdf2,6 MBAdobe PDFver/abrir
Título: Uso da stévia pura em substituição ao açúcar em preparações doces
Autor(es): Milhomens, Mateus Cambuí
Orientador(es): Botelho, Raquel Braz Assunção
Assunto: Alimentos - avaliação sensorial
Açúcar - consumo
Stevia rebaudiana
Adoçantes
Data de apresentação: Jul-2016
Data de publicação: 1-Ago-2016
Referência: MILHOMENS, Mateus Cambuí. Uso da stévia pura em substituição ao açúcar em preparações doces. 2016. 45 f., il. Monografia (Bacharelado em Nutrição)—Universidade de Brasília, Brasília, 2016.
Resumo: O Brasil passa por transição nutricional multifatorial de forma acelerada, com isso, passa-se a buscar alimentos industrializados, com preparação mais rápida e, consequentemente, ricos em gorduras saturadas, gorduras trans, sódio e açúcar, além da adoção de estilos de vida mais sedentários, a desnutrição e déficits de crescimento e desenvolvimento deixam de apresentar as maiores prevalências em estudos, abrindo espaço para aumento doenças crônicas não transmissíveis, como obesidade e diabetes na população brasileira. Mudanças no estilo de vida de pacientes acometidos por obesidade e diabetes são imprescindíveis para manejo das doenças, viabilizando melhor qualidade e expectativa de vida. Para o tratamento do diabetes, a restrição de carboidratos como a sacarose, foi contestada e não é mais utilizada, o controle da quantidade total de carboidratos presentes na refeição, passou a ser visto como a forma mais efetiva de controle glicêmico, fato que se justifica pela eficiência do trato intestinal humano quanto a digestão e absorção destes nutrientes. Como alternativa de atribuição de sabor doce sem associação à oferta de carga calórica, surgiram há pouco mais de um século os edulcorantes artificiais, que com a redução do custo de produção e de prateleira, tornaram-se populares em grupos que buscam normalização de glicose sérica ou perda de peso. Este fato facilitou a expansão do uso destas alternativas em variados ramos da indústria alimentícia, não apenas como substituição ao açúcar de adição. Pacientes que fazem consumo de edulcorantes tendem a maior aceitação da dieta, facilitando a perda de peso, fato que pode ser explicado pela maior preservação do componente hedônico em planos alimentares com restrição energética. A Stévia é uma planta natural do sudoeste do Brasil e do Paraguai, possui poder adoçante 300 vezes mais potente que a sacarose e possui uma série de benefícios que estão sendo estudados, dentre eles propriedades antioxidantes e antibacterianas, diminuição da glicemia sérica, melhoria na secreção de insulina, benefícios contra hipertensão e problemas renais. Foi realizado estudo experimental transversal dividido em cinco etapas, revisão bibliográfica; determinação do padrão de troca de ingredientes, que consistiu na realização de testes para estabelecer a quantidade de stévia a ser utilizada sem a haja presença do sabor residual; na terceira etapa, foram confeccionadas as receitas com substituição de açúcar, buscando abranger diferentes aspectos técnicos do uso de sacarose, neste passo foi confeccionado o leite condensado diet artesanal, adoçado com stévia; na quarta etapa foi realizada a análise sensorial das preparações; na quinta etapa foi feita análise dos dados obtidos.Foram confeccionadas 50 amostras de cada preparação para a análise sensorial realizada no laboratório de técnica dietética situado na Faculdade de Saúde da Universidade de Brasília, cada avaliador recebeu uma ficha para preenchimento dos quesitos cor, textura, sabor, aparência e aceitação global, seguindo a escale hedônica de 9 pontos. A tortelete de morango teve aceitação global de 92%, o campo “O que mais gostou” deu destaque à aparência e ao sabor da preparação, no campo “O que menos gostou” a maior queixa foi em relação ao aspecto da massa. O bolo de cenoura teve aceitação global de 84%, o campo “O que mais gostou” apontou o sabor como a característica mais apreciada e o campo “O que menos gostou” apontou a a secura da massa como maior queixa. O arroz doce teve aceitação global de 66%, apresentou dois vieses técnicos, o erro da escolha do arroz, que foi utilizado o parboilizado, ao invés do branco polido, o que tornou a preparação endurecida e ao tempo de exposição das amostras, que acabaram ressecando, o campo “O que mais gostou” deu destaque ao sabor e a o campo “O que menos gostou” deu destaque à textura. Aceitabilidade superior a 70% indica bom poder mercadológico para as preparações que não sofreram erros técnicos, indicando que a stévia é um substituto viável para a substituição do açúcar, mais estudos devem ser realizados para se estabelecer proporções de substituição do açúcar mais específicas para cada preparação e formas de compensação técnica da ausência da sacarose. A popularização da stévia trás maior atenção ao produto, facilitando o acesso e melhorias na tecnologia do mesmo.
Abstract: Brazil is going through a multifactorial nutritional transition at an accelerated rate, therefore, the population starts seeking processed foods, with faster preparation and, consequently, high in saturated fat, trans fat, sodium and sugar, in addition to adopting more sedentary lifestyles, malnutrition and growth deficits fails to be the highest prevalence in recent studies, making room for increased rates of chronic diseases, such as obesity and diabetes. Changes in lifestyle of patients with obesity and diabetes are essential for managing the conditions, enabling better quality and life expectancy. For the diabetes treatment, certain carbohydrate restrictions, such as sucrose, have been challenged and it’s no longer used, instead, controlling the total amount of carbohydrates in the meals, was seen as the most effective form of glycaemic control, which is justified the efficiency of the human intestinal tract to digest and absorb these nutrients. Alternatively, to provide the sweet taste without the offering the caloric load, the noncaloric artificial sweeteners were introduced just over a century ago, and, by reducing the production and sales cost, have become popular in population groups who seek normalisation of serum glucose or weight loss. This fact has facilitated the expansion of the use of these alternatives in various branches of the food industry, not only as a direct replacement for added sugar. Patients who use artificial sweeteners tend to have a greater diet acceptance, facilitating weight loss, which can be explained by greater preservation of hedonic component in meal plans with energy restriction. The stevia is a natural plant of southwestern Brazil and Paraguay, it has 300 times more sweetening power than sucrose and its use has a number of benefits that are being studied, including antioxidant and antibacterial properties, decreased post prandial serum glucose levels, improved insulin secretion, benefits against hypertension and kidney conditions. A cross-sectional study was conducted and divided into five experimental stages, the first one was a scientific literature review; the second stage was determining the exchange standard for the ingredients, which consisted of tests to establish the amount of stevia to be used avoiding the presence of the bitter aftertaste; the third stage, the recipes with sugar replacement were made, seeking to cover different technical aspects of the use of sucrose, this step was where the artisan diet condensed milk was made, sweetened with stevia; in the fourth stage, a sensory analysis of the recipes was carried out; in the fifth stage was the analysis of the data obtained. 10 Fifty samples of each recipe were prepared for the sensory analysis conducted in nutrition laboratory located in the Health School of the University of Brasilia, each evaluator received a form to fill in regarding the colour, texture, flavour, appearance and overall acceptance, following the 9 points hedonic scale. The strawberry pie had a 92% global acceptance, the field "What I liked the most" showed compliments to the appearance and taste of the recipe, in the "What I liked the least" filed, the biggest complaint was regarding the appearance of the pastry. The carrot cake had global acceptance of 84%, the " What I liked the most " field pointed out the taste as the most appreciated feature and the " What I liked the least" field pointed the dryness of the dough as the biggest complaint. The sweet rice recipe had 66% global acceptance, this experiment had two technical biases, there error of the choice of the kind of rice used, the parboiled rice was used instead of the polished white rice, which made the outcome hardened, and the long exposure time of the samples, which ended up drying out the juice of the recipe, the field " What I liked the most " highlighted the flavour and the field " What I liked the least " gave emphasis to the texture. Acceptability greater than 70% indicates a good marketing power to the recipes that didn’t undergo any errors, indicating that Stevia is a viable substitute of sugar, further studies should be performed to establish more specific substitution ratios of sugar for each recipe and better forms of compensation to the absence of sucrose. The popularisation of stevia draws more attention to the product, making it more accessible to the population and the improvements in its technology easier.
Informações adicionais: Monografia (graduação)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Departamento de Nutrição, 2016.
Aparece na Coleção:Nutrição



Este item está licenciado na Licença Creative Commons Creative Commons