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Título: Análise do fomento à pesquisa em Saúde Sexual e Reprodutiva pelo Ministério da Saúde do Brasil
Autor(es): Soares, Letícia Carlos
Orientador(es): Angulo-Tuesta, Antonia de Jesús
Assunto: Pesquisa em saúde
Saúde Sexual e Reprodutiva (SSR)
Agenda Nacional de Prioridade de Pesquisa em Saúde (ANPPS)
Pesquisa e desenvolvimento
Brasil. Ministério da Saúde
Data de apresentação: 7-Jul-2015
Data de publicação: 13-Ago-2015
Referência: SOARES, Letícia Carlos. Análise do fomento à pesquisa em Saúde Sexual e Reprodutiva pelo Ministério da Saúde do Brasil. 2015. 55 f., il. Monografia (Bacharelado em Saúde Coletiva) — Universidade de Brasília, Brasília, 2015.
Resumo: A produção de pesquisa em saúde tem reflexos positivos no setor quando bem direcionada e empregada pelas autoridades competentes, para oferecer espaços favoráveis para a promoção de intervenções no sistema de saúde, por meio dos conhecimentos e tecnologias gerados. Na última década o Brasil vem incentivando a expansão na capacidade de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) por meio da Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde (PNCTIS) e Agenda Nacional de Prioridade de Pesquisa em Saúde (ANPPS) e especificamente o Programa Pesquisa para o Sistema Único de Saúde (PPSUS). A Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde (SCTIE/MS) em parceria com instituições de fomento nacionais e estaduais financiou pesquisas em Saúde Sexual e Reprodutiva (SSR) orientadas pelas prioridades de pesquisa definidas por diversos atores sociais desde 2004. O objetivo desta pesquisa foi analisar a correlação entre a situação da saúde sexual e reprodutiva e os temas de pesquisa financiados pelo Ministério da Saúde e parceiros, nos anos de 2004 a 2013, no Brasil. Este é um estudo descritivo de abordagem qualitativa e quantitativa. A identificação das pesquisas foi realizada no sistema eletrônico PesquisaSaude do MS. Foram financiadas 425 pesquisas em SSR, de 2004 a 2013, com R$ 55, 187 milhões de reais investidos por meio de 126 editais, 71,5% provenientes do fomento descentralizado (PPSUS). Os temas mais financiados foram gravidez, parto e puerpério (60,7%), DST/Aids (17,9%) e câncer ginecológico (8,5%). Quanto aos subtemas, os mais frequentes foram morbimortalidade materna e neonatal (21,4%), prevalência de DST (8%), e câncer de colo uterino (7,7%). Foram beneficiadas 119 instituições, principalmente, as de ensino superior (82,6%) e institutos de pesquisa (10,1%). Aproximadamente 60% dos recursos empregados estavam concentrados em dez instituições, com destaque para o Centro Brasileiro de Análise e Planejamento que empregou 14% do valor total. As instituições das regiões sudeste e nordeste foram as principais beneficiadas financeiramente com 61,3% e 16% respectivamente, e concentradas nos estados de São Paulo (40%), Rio de Janeiro (14,2%) e Rio Grande do Sul (6,8%), Roraima foi o único estado que não teve nenhum estudo em SSR financiado. Cerca de 57% dos editais financiados apresentavam em suas respectivas linhas temáticas, questões voltadas para SSR. Os resultados apresentados sugerem que, os temas e subtemas mais financiados pelo Ministério da Saúde e parceiros institucionais, nos anos de 2004 a 2013, são de relevância às questões da SSR, a exemplo da morbimortalidade materna e neonatal e câncer de colo uterino. No entanto, é necessário promover outros debates e temas também prioritários, a exemplo do aborto, cesarianas, violência (contra a mulher, sexual e de gênero), os outros tipos de câncer ginecológico, contracepção e concepção, saúde sexual e reprodutiva do homem, e outros assuntos que tem igual importância para as categorias da SSR. A utilização dos resultados das pesquisas pode contribuir para o enfrentamento das dificuldades, porém, para maiores e melhores resultados, a agenda da SSR precisa ser atualizada, devido às novas necessidades de saúde, priorizando a diminuição das desigualdades, principalmente as regionais, para contemplar o princípio da equidade.
Abstract: Production of health research have a positive impact in the industry when properly directed and used by the competent authorities, to offer favorable spaces for the promotion interventions in the health system, via the generated knowledge and technologies. Brazil has been encouraging the expansion in capacity of Research & Development (R&D) through policies and programs successful in the last decade, such as the Research Program for the National Health System (RPNHS), National Policy on Science, Technology and Innovation in Health (NPSTIH) and National Agenda of Priority Research in Health (NAPRH). The Secretariat of Science, Technology and Strategic Inputs of the Ministry of Health (SSTSI/MH) in partnership with national and state fomentation institutions funded researchs Sexual and Reproductive Health (SRH) oriented by search priorities defined by various social actors since 2004. The objective of this research was to analyze the correlation between the situation of sexual and reproductive health and the research topics funded by the Ministry of Health and partners, in the years 2004 to 2013, in Brazil. This is a descriptive study of qualitative and quantitative approach. The identification of the research was carried out in the electronics Search Health of the MH. 425 surveys were funded in SRH, from 2004 to 2013, with R$ 55,187 million invested real. The most financed themes in SRH were pregnancy, childbirth and postpartum (60.7%), STD / AIDS (17.9%) and gynecological cancer (8.5%). Regarding the sub-themes, the most present were maternal and neonatal mortality (21.4%), STD prevalence (8%), and cervical cancer (7.7%). Were funded 126 notices, with 71.5% coming from the decentralized development (RPNHS). The year 2004 stood out as the percentage of studies (21.4%), and 2013 the percentage of resources used (24.5%). 119 institutions have benefited mainly the higher education (82.6%) and research institutes (10.1%). Approximately 60% of employees resources were concentrated in ten institutions, especially the Brazilian Center for Analysis and Planning which employed 14% of the total. The institutions of the Southeast and Northeast regions were the main beneficiaries economically with 61.3% and 16% respectively, and concentrated in the states of São Paulo (40%), Rio de Janeiro (14.2%) and Rio Grande do Sul (6,8%), Roraima had no funded study in health. About 57% of funded ads presented in their respective thematic areas about SRH. The results suggest that the themes and sub-themes more funded by the Ministry of Health and institutional partners, in the years 2004 to 2013, are relevant issues that concern the SRH, the example of maternal and neonatal mortality and cervical cancer. However, it is also necessary to promote other priority debates and topics, like abortion, caesarean sections, violence (against women, sexual and gender), other types of gynecological cancer, contraception and conception, sexual and reproductive health of man, and other matters that are of equal importance to the infinity of categories covering the SRH. The use of research results may contribute to face the difficulties, however, to bigger and better results, NAPRH needs to be updated, due to new health needs, so that there is reduction of inequalities, particularly regional, to contemplate the principle of equity.
Informações adicionais: Monografia (graduação) — Universidade de Brasília, Faculdade de Ceilândia, Curso de Graduação em Saúde Coletiva, 2015.
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