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Título: Crise das "papeleras" entre o Uruguai e a Argentina : evolução histórica e consequências econômicas
Autor(es): Duarte, Rodrigo Gibin
Orientador(es): Santos, Norma Breda dos
Assunto: Uruguai - política econômica
Argentina - relações exteriores
Data de apresentação: 2010
Data de publicação: 28-Set-2010
Referência: DUARTE, Rodrigo Gibin. Crise das "papeleras" entre o Uruguai e a Argentina: evolução histórica e consequências econômicas. 2010. 64 f. Monografia (Especialização em Relações Internacionais)-Universidade de Brasília, Brasília, 2010.
Resumo: A “Questão das Papeleras” tem suas bases históricas calcadas no surgimento da política florestal uruguaia lançada em 1987, onde previa o incentivo à produção de árvores destinadas à indústria de madeira e celulose, bem como o estabelecimento de infraestrutura para a atração da indústria madeireira no país. Após a crise econômica uruguaia (1999 a 2002), o país procura a atração de investimentos externos diretos como forma de recuperar a economia nacional. Neste contexto, o Uruguai inicia conversações com as empresas ENCE e Botnia (2002) para a instalação de fábricas de celulose em Fray Bentos, em detrimento ao Estatuto do Rio Uruguai, que prevê a consulta ao governo argentino para qualquer empreendimento que possa afetar o meio ambiente. Diante de infrutíferas tentativas de acordo gerenciadas pela CARU, do envolvimento político do presidente argentino e do governador da província argentina de Entre Ríos, e das manifestações populares organizadas por meio da Assembléia de Gualeguaychú, ocorre o encrudescimento das relações, culminando em julgamentos por parte do Tribunal Arbitral “Ad Hoc” do MERCOSUL e da Corte Internacional de Justiça. No MERCOSUL, o Uruguai obteve parecer favorável à alegação de que a Argentina estava sendo omissa ao não proporcionar o livre trânsito pelas pontes internacionais, contrariando o Artigo 1º do Tratado de Assunção. Com relação ao julgamento de medidas cautelares pela Corte, inicialmente esta veta o pedido argentino de paralisação das obras da Botnia e, a posteriori, nega ao Uruguai o pedido de ordenamento da abertura das pontes. Em ambos os casos, os queixosos alegavam perdas econômicas. No julgamento final, a Argentina solicita reestabelecimento da situação pré-Botnia e indenização pelos prejuízos sofridos, enquanto o Uruguai só pleiteia a autorização para a continuidade do funcionamento da fábrica. Contudo, antes da divulgação do veredicto final da CIJ, previsto para o primeiro semestre de 2010, o novo presidente uruguaio, José Mujica, dá sinais de que deseja retomar o diálogo com a Argentina, paralisado desde o início do funcionamento da Botnia. Aos estudiosos das Relações Internacionais, resta a expectativa do comportamento dos Estados diante da decisão do tribunal máximo das Nações Unidas, no sentido de acatar ou não o parecer a ser divulgado.
Abstract: The “Papeleras Conflict” has its historical basis established in the beginning of the uruguaian forestal policy started in 1987, where it was assigned an increasing in the production of trees destinated to wood and cellulose’s industry, and the establishment of an infra-structure to atract wood industry to the country. After the economic uruguaian crisis (1999 to 2002), the country looks for atracting foreign investiment to recover its national economy. In this context, the Uruguai starts conversations with the companies ENCE and Botnia (2002) to install celluloses mills in Fray Bentos, contradicting the Uruguai River Statute, that assure previous consult to Argentina government for projects that could affect the enviroment. Due to insucessful agreements organized by CARU, due to political envolviment of the Argentina’s president and Entre Río’s province government, and popular manifestations organized by Gualeguaychú’s Assembly, occurs the decreasing of relationship, causing judgments conducted by the MERCOSUL “Ad Hoc” Arbitral’s Court and by the International Court of Justice. In the MERCOSUL’s judgment, the Uruguai gain good concept for your allegation that Argentina was been negligent in not guarantee free trafic through international bridges, broking tha Article 1st of the Assunção Treat. In relation with the judgement of provisional measures by ICJ, this deny the argentinian demand to stop Botnia’s construction, and, after this, deny the uruguaian demand of bridges opening. In both cases, the countries claimed economical loses. In the final judgement, the Argentina request stablishment of the previous situation and an indenization for its loses, while the Uruguai was only requesting the autorization for Botnia keep in action. However, before the ICJ’s final veredict, expected in the first half of 2010, the new uruguaian presidente, José Mujica, shows his wishes of restarting the negociations with Argentina, stoped with the functioning of Botnia. To the people that apreciate the study of International Relations, remais the expectation of the State’s behavior due to Court’s judgement, related to obey or not the final decision.
Informações adicionais: Monografia (especialização)—Universidade de Brasília, Instituto de Relações Internacionais, 2010.
Informações de Acesso e Conteúdo: Monografia apresentada ao Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília para obtenção do título de Especialista em Relações Internacionais.
DOI: http://dx.doi.org/10.26512/2010.TCC.1134
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