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Título: Abrangência e recorrência dos incêndios e a resiliência da vegetação na Serra dos Pireneus - Goiás
Autor(es): Ribeiro, Ana Flor Montero
Orientador(es): Salmona, Yuri Botelho
Coorientador(es): Matricardi, Eraldo Aparecido Trondoli
Assunto: Cerrado
Incêndios florestais
Unidades de conservação da natureza
Data de apresentação: Dez-2016
Data de publicação: 31-Jan-2017
Referência: RIBEIRO, Ana Flor Montero. Abrangência e recorrência dos incêndios e a resiliência da vegetação na Serra dos Pireneus - Goiás. 2016. 85 f., il. Trabalho de conclusão de curso (Bacharelado em Engenharia Florestal)—Universidade de Brasília, Brasília, 2016.
Resumo: O Cerrado é um hotspot devido a sua alta biodiversidade e por estar sob alto degradação. Nesse contexto, as Unidades de Conservação (UC) são fundamentais para conservação do bioma. As UC costumam ser ilhas de vegetação nativa em meio a monocultivos e pastagens. Essas áreas antropizadas costumam ser queimadas em regime anual ou bianual, no período da seca ,o que representa um enorme risco às UC, pois nesta época a vegetação está altamente inflamável tornando o fogo descontrolado. Apesar do fogo ocorrer de forma natural no Cerrado, mesmo antes da presença do homem, e ser até mesmo fundamental para diversas funções do bioma, a recorrência de incêndios provocadas por ação antrópica está superior ao que os ambientes naturais toleram, sendo um risco à conservação de áreas nativas. O presente estudo visa, portanto, contribuir com conhecimento acerca de incêndios em áreas do Cerrado. Mais especificamente, identificar e mapear as cicatrizes de incêndios florestais, obtendo-se sua amplitude e frequência, bem como a resiliência da vegetação em relação a recorrência de incêndios. Utilizando imagens dos satélites Landsat 5 e 8. A área estudada compreende o Parque Estadual dos Pireneus, Área de Proteção Ambiental dos Pireneus e seu entorno (faixa de 10 km), em Goiás. O mapeamento foi feito anualmente entre 2005 e 2015, (exceto 2012, pois não há imagens do local disponível), nos meses de agosto ou setembro. As áreas atingidas pelo fogo foram detectadas a partir de interpretação visual das imagens, e classificação supervisionada, obtendo-se as áreas das cicatrizes de incêndios em cada ano, bem como áreas atingidas por fogo em mais de um ano. O mapa da cobertura do solo foi feito através da atualização de uma classificação já existente da área. O impacto sobre a fração de cobertura da vegetação foi estimado a partir do Índice de Vegetação da Diferença Normalizada (NDVI) e avaliado o efeito repetitivo do fogo para as diferentes formações vegetacionais. Para todos os anos analisados foram identificadas cicatrizes de fogo considerando a área total analisada. Os anos em que as áreas das cicatrizes foram mais amplas foram 2013, 2007 e 2010, tendo 7,84%, 7,28% e 6,52% de seus 116.604 hectares queimados, respectivamente. Na APA dos Pireneus também foram mapeadas cicatrizes de fogo todos os anos, e no Parque em 2006, 2007, 2010, 2014 e 2015. Quanto a reincidência do fogo nas mesmas áreas, dos dez anos analisados, houve regiões atingidas por fogo de 1 a 6 vezes no entorno e na APA, e de 1 a 3 vezes no Parque. As áreas mais abrangentes de cicatrizes de fogo ocorreram em média após quatro anos. Foi observada diferença significativa nos valores de NDVI de áreas não atingidas por fogo e áreas atingidas uma vez por fogo no mesmo ano paras as diferentes formações vegetacionais (campo, savana e floresta). A relação entre os valores de NDVI e a recorrência de fogo se mostrou linear para as formações campestres e savânicas, mostrando o padrão de decrescimento do índice em relação ao aumento do número de reincidência do fogo. O período decorrido sem ocorrência do fogo faz diferença nos valores de NDVI; a ocorrência do fogo mais recentemente faz as formações vegetacionais terem valor de NDVI mais baixos do que aquelas atingidas por fogo há mais tempo. No entanto, a diferença do NDVI de áreas sem incidência de fogo e com, independentemente da frequência destas, só é estatisticamente significante para formações florestais, indicando a fragilidade desta formação e a resiliência dos outros tipos vegetacionais.
Abstract: The Cerrado is a hotspot due to its high biodiversity and for being under high degradation. In this context, Conservation Units (UC) are fundamental for conservation of the biome. UC are usually islands of native vegetation amid monocultures and pastures. These anthropic areas are usually burned on an annual or biannual basis, in the drought period, which represents a great risk to the UC, because at these period the vegetation is highly flammable making the fire uncontrollable. Despite the natural occurrence of fire in Cerrado, even before the presence of man, and it being a fundamental event for various functions of the biome, the recurrence of fires caused by anthropic action is superior to the environment’s tolerance, being a risk for conservation of native areas. This study aims, therefore, to contribute with the knowledge about the fires in Cerrado’s areas. More specifically, to identify and map scars of forest fires, obtaining their amplitude and frequency, as well the resilience of the vegetation in relation to the recurrence of fires. Using images from the Landsat 5 and 8 satellites. The area of study is composed of the Parque Estadual do Pireneus, the Área de Proteção Ambiental dos Pirenues and its surroundings (10 km range) in Goiás. The mapping was done annually between 2005 and 2015, except for 2012 (there are no pictures for this year and place available), in the months of August or September. The areas hit by fires were detected through visual interpretation of the images, and supervised classification, obtaining the areas of fire scars each year as well the areas hit by fire in more than a year. The map of the ground cover was made updating an existing classification of the area. The impact on the vegetation cover was estimated from the Normalized Difference Vegetation Index (NDVI) and evaluated the fire effect in different vegetation formations. For all analyzed years, fire scars were identified considering the total area analyzed. The years in which the areas of scars were wider were 2013, 2007 and 2010, having 7.84%, 7.28% and 6.52% of its 116,604 hectares burned, respectively. In the APA of the Pireneus, fire scars were detected for every year. In the Park fire scars were detected in 2006, 2007, 2010, 2014 and 2015. The recurrence of fire in the same area, for the 10 years analyzed, was of 6 times in the surroundings and in the APA, and 1 to 3 times in the Parque. The greatest fire scars areas occurred in an interval of four years. A significant difference was observed in the NDVI values of areas not reached by fire and areas hit by fire once in the same year for all different vegetation formations (grassland, savanna and forest). The relationship between the NDVI values and the fire recurrence was shown to be linear for the grassland and savanna formations, presenting a decrease in the index in relation to the increase in the number of fire recurrence. The period elapsed without of fire makes difference in NDVI values; the occurrence of fire in more recent years present lower NDVI values compared to those fires happened a longer time. However, the NDVI difference of areas with and without fire incidence, regardless of their frequency, is statistically significant for forest forms, indicating the fragility of this formation and the resilience of the other vegetation types.
Informações adicionais: Trabalho de conclusão de curso (graduação)—Universidade de Brasília, Faculdade de Tecnologia, Departamento de Engenharia Florestal, 2016.
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