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Título: A narrativa da televisão aberta brasileira sobre o transtorno de ansiedade
Autor(es): Araujo, Bruna Fernandes de
Orientador(es): Geraldes, Elen Cristina
Assunto: Transtorno de ansiedade
Televisão - programas
Análise de conteúdo (Comunicação)
Análise do discurso
Data de apresentação: 2017
Data de publicação: 16-Mar-2018
Referência: ARAUJO, Bruna Fernandes de. A narrativa da televisão aberta brasileira sobre o transtorno de ansiedade. 2017. vii, 71 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Comunicação Social)—Universidade de Brasília, Brasília, 2017.
Resumo: O crescimento progressivo dos índices de transtorno de ansiedade em escala nacional e mundial vem chamando a atenção de estudiosos e instituições de pesquisa há algum tempo. No Brasil, a ansiedade patológica é considerada um dos principais problemas de saúde mental da população, atingindo aproximadamente 9,3% dos brasileiros(OMS, 2017). No entanto, baixos são os níveis de reconhecimento e tratamento, em grande parte devido ao estigma associado ao transtorno. Diante desse cenário, e considerando o papel da comunicação social para a elaboração e reelaboração do imaginário coletivo acerca de diversos temas, o presente estudo busca compreender qual tem sido a postura do meio de comunicação mais utilizado pelos brasileiros: a televisão. Com o objetivo de analisar o que e como se tem discutido o transtorno de ansiedade, foram assistidos diversos programas da televisão aberta brasileira, exibidos nos anos de 2016 e 2017, que abordaram o tema em ao menos um de seus episódios. Para uma análise mais aprofundada, selecionamos os três programas que, dentre todos, dedicaram maior atenção ao tema: “Bem-Estar”, “Conversa com Bial” e “Globo Comunidade PE”. Dentre os tópicos associados ao transtorno, foram identificados: transtorno de ansiedade como problema de saúde pública; fatores-causa; sintomas; consequências; e formas de tratamento. Em meio às características comuns aos discursos dos programas analisados, destaca-se a resolução do transtorno de ansiedade como responsabilidade do indivíduo diagnosticado, partindo do pressuposto de que este é amparado por condições suficientes para tal. Além do mais, nota-se a indiferença em relação aos efeitos mais graves do transtorno sobre o indivíduo e a sociedade. Nesse sentido, constatamos que a exclusão às condições sociais de vida, assim como o estigma sobre o transtorno, não são, em nenhum momento, foco dos discursos analisados. De igual modo, não é valorizada a relação entre a ansiedade patológica e o modelo social vigente, marcado pelo imperativo de produção e desempenho.
Abstract: The progressive increase in the rate of anxiety disorder in national and global level has been attracting the attention of scholars and research institutes for some time. In Brazil, pathological anxiety is considered one of the main mental health problems, reaching 9,3% of Brazilians(WHO, 2017). However, there are low levels of recognition and treatment, largely due to the stigma attached to the disorder. In face of this scenario, and considering the role of the social communication to draw and redraw the collective imagination associated with diverse issues, the present study aims at comprehending what has been the stance of Brazilian most used media: the television. In order to analyze how has the anxiety disorder been discussed, we watched many Brazilian free-to-air television programs, broadcasted in 2016 and 2017, that approached the theme at least in one of its episodes. To a closer study, we selected three programs which, among all the others, have devoted more attention to the subject: Bem Estar, Conversa com Bial and Globo Comunidade PE. Among the topics associated with the disorder, it was identified: anxiety disorder as a public health problem, it’s causes, symptoms, consequences, and forms of treatment. Amidst the features common to discourses of the analyzed programs, we highlight the resolution of anxiety disorder as a responsibility of the diagnosed individual, based on the assumption that it is supported by sufficient conditions for such. In addition, we noted indifference to the most serious effects of the disorder on the individual and society. In this sense, we find that, at any moment, the exclusion of social conditions of life, as well as the stigma about the disorder, were the focus of the discourses analyzed. Likewise, the relationship between pathological anxiety and the current social model, marked by the imperative of production and performance, is not valued.
Informações adicionais: Trabalho de Conclusão de Curso (graduação)—Universidade de Brasília, Faculdade de Comunicação, Habilitação em Comunicação Organizacional, 2017.
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