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Título: O atendimento em saúde indígena no Distrito Federal : etnografando as relações entre a biomedicina e medicinas indígenas no hospital universitário de Brasília (HUB)
Autor(es): Sabadini, Gabriela Oliveira
Orientador(es): Guimarães, Sílvia Maria Ferreira
Coorientador(es): Díaz Bermúdez, Ximena Pamela Claudia
Assunto: Indígenas
Saúde pública
Hospital Universitário de Brasília (HUB)
Data de apresentação: 2019
Data de publicação: 17-Abr-2021
Referência: SABADINI, Gabriela Oliveira. O atendimento em saúde indígena no Distrito Federal: etnografando as relações entre a biomedicina e medicinas indígenas no hospital universitário de Brasília (HUB). 2019. 134 f., il. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Ciências Sociais)—Universidade de Brasília, Brasília, 2019.
Resumo: O objetivo deste trabalho é pontuar e analisar os conflitos e interações existentes entre a biomedicina e as medicinas indígenas observadas nos atendimentos de saúde que ocorreram no Hospital Universitário de Brasília em 2018. Os procedimentos de investigação utilizados nesta pesquisa tiveram como base os princípios do método etnográfico. Entrevistas semiestruturadas e conversas informais também foram mantidas com médicos, pacientes e outros profissionais de saúde do hospital. Durante a pesquisa pude perceber que, ao contrário dos indígenas que vivem nas terras indígenas, aqueles que vivem nas cidades não possuem uma política de saúde específica que garanta a realização de um atendimento de saúde diferenciado. Por esses e outros fatores, os indígenas que vivem no Distrito Federal têm seus modos de viver e identidades étnicas colocadas em questão por muitos profissionais de saúde. Entretanto, ao acompanhar as consultas médicas realizadas à população indígena do Distrito Federal no Hospital Universitário de Brasília, pude perceber que os pacientes indígenas incorporaram tratamentos biomédicos às suas próprias práticas de saúde, compreendendo seus sintomas e utilizando os métodos biomédicos para seus próprios fins. Esses pacientes também seguem como tradutores entre mundos. A falta de ferramentas e técnicas entre os profissionais de saúde em relação à atenção de saúde em contextos interculturais gera conflitos entre esses profissionais e pacientes indígenas. Essa lacuna na formação desses profissionais nos faz refletir sobre a necessidade da biomedicina e da própria ciência contemporânea realizarem uma autocrítica sobre suas atuações e papéis na sociedade.
Abstract: The aim of this paper is to point out and analyze the conflicts and interactions between biomedicine and indigenous medicines observed in the service of health care that took place at the University Hospital of Brasília in 2018. The research procedures used were based on the principles of the ethnographic method. Semi-structured interviews and informal conversations were also held with doctors, patients and other hospital health professionals. During the research I noticed that, unlike indigenous people that live in the indigenous lands, those who live in the cities do not have a specific health policy that guarantees the provision of a differentiated health care. This fact, among others, might explain why indigenous people living in the Federal District have their ways of living and ethnic identities questioned by many health professionals. However, shadowing the medical consultations made to the indigenous population of Federal District at the University Hospital of Brasilia, I noticed that indigenous patients incorporated biomedical treatments into their own health practices, understanding their symptoms and using biomedical methods for their own purposes. These patients are also translators between worlds. The lack of tools and techniques among health professionals regarding health care in intercultural contexts generates conflicts between these professionals and indigenous patients. This gap in the training of health professionals makes us reflect on the need for biomedicine and contemporary science to self-critique their proceeding and roles in society.
Informações adicionais: Trabalho de Conclusão de Curso (graduação)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Antropologia, 2019.
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