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Título: Resistência microbiana : um alerta à segurança do paciente
Autor(es): Santos, Kérollyn Oliveira dos
Orientador(es): Rattner, Daphne
Coorientador(es): Macêdo, Keyla Caroline de Almeida
Assunto: Pacientes - segurança
Resistência microbiana
Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS)
Antibióticos
Unidade de tratamento intensivo
Data de apresentação: 16-Dez-2020
Data de publicação: 25-Nov-2021
Referência: SANTOS, Kérollyn Oliveira dos. Resistência microbiana: um alerta à segurança do paciente. 2020. 35 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Saúde Coletiva)—Universidade de Brasília, Brasília, 2020.
Resumo: A segurança do paciente, as Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde e à resistência microbiana são temas que têm ganhado bastante espaço nas pautas mundiais de saúde, sendo consideradas como problemas de saúde pública. O presente trabalho tem como objetivo discutir a importância do desenvolvimento de ações de segurança do paciente e controle de infecções relacionadas à assistência à saúde, tendo como contexto recorrente e real, resistências microbianas. Ele diz respeito a um estudo descritivo-exploratório quantitativo de Série de Casos; baseado em dados secundários da Gerência de Risco em Serviços de Saúde ligada à Diretoria de Vigilância Sanitária do Distrito Federal, cuja amostragem é de 116 pacientes que, internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), desenvolveram infecção microbiana no ano de 2018 em um hospital público do Distrito Federal. Os resultados revelam que mais de 50% das infecções estudadas tiveram como desfecho o encaminhamento para outra enfermaria do mesmo hospital, ou seja, tais indivíduos apresentaram melhora clínica. Porém, 36,2% dos indivíduos foram a óbito, o que representa uma taxa significativa da amostra. Apesar de parecer clara a tendência de correlação entre maiores períodos de internação e recorrência de infecções, as taxas encontradas apresentam maior porcentagem de infecções em indivíduos que permaneceram de 0 a 9 dias internados na UTI; em relação aos óbitos, encontra-se destacado, com 26,2%, também o intervalo de 0 a 9 dias. É possível verificar que 48,3% dos pacientes que apresentaram infecções relacionadas à assistência à saúde foram infectados com apenas 1 microrganismo. Observa-se, também, que essa proporção diminui significativamente para 38,1%, quando a amostra são os casos que tiveram como desfecho o óbito. As informações sobre a quantidade de medicamentos usados por pacientes em seus tratamentos mostram que 23,8% dos óbitos dizem respeito a indivíduos que estavam utilizando 7 medicamentos e mais. Os dados revelam que grande parte das infecções apresentadas estava diretamente ligada à corrente sanguínea, ao sistema respiratório e ao sistema urinário dos pacientes. Ao verificar o contexto geral da amostra em relação ao uso de dispositivos invasivos, verifica-se que 44,8% dos pacientes tinham de 4 a 5 dispositivos invasivos no corpo, enquanto, em relação aos pacientes que tiveram como desfecho o óbito, essa taxa sobe para 57,1%. 44,8% de todas as infecções analisadas apresentaram presença de sepse e choque séptico, e 71,4% dos óbitos também tiveram como característica da infecção presença de sepse e choque séptico. Os cinco principais agentes etiológicos causadores tanto das infecções gerais analisadas, quanto dos óbitos são Staphylococcus epidermidis, Klebsiella pneumoniae, Staphylococcus haemolyticus, Enterococcus faecalis, Pseudomonas aeroginosa. Os cinco antimicrobianos mais utilizados nas tratativas dos casos analisados foram Meropenem, Polimixina B, Vancomicina, Cefazolina e Tazocin. Em relação ao perfil de sensibilidade encontrado nos agentes etiológicos da amostra, verifica-se que a grande maioria é sensível à Vancomicina, Teicoplanina e Daptomicina, em ordem decrescente. Sobre o perfil de resistência dos microrganismos detectados, têm-se um significativo destaque a resistência à Ciprofloxacino, Ampicilina com Sulbactram e Levofloxacino. O desenvolvimento de ações de segurança do paciente em contextos de resistência microbiana é indispensável, porém, a fim de garantir a efetividade dessas ações, é necessário que haja uma abordagem conjunta de vários atores sociais, incluindo os profissionais de saúde, os pesquisadores e segmentos governamentais, através de investimentos em pesquisas, da adaptação e desenvolvimento de novas intervenções, além da capacitação de recursos humanos.
Informações adicionais: Trabalho de Conclusão de Curso (graduação)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Departamento de Saúde Coletiva, 2020.
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