Uma análise da II Olimpíada Brasileira de Educação Financeira : prova e desempenho

Abstract

A pesquisa tem por objetivo analisar a prova da II OBEF, realizada no ano de 2020 com uma amostra de 1883 alunos, sob a ótica das questões e dos resultados obtidos. O trabalho foi quantitativo, utilizando-se de entrevista com três organizadores do evento, em prol de adquirir a visão de um profissional com experiencia prática na aplicação da Olimpíada. Além disso, os softwares Orange, Gretl e Excel foram usados para analisar os dados. Com um enfoque mais voltado aos resultados, os mecanismos adotados foram o cálculo do índice de Flesch (legibilidade), estatística descritiva e distribuição de frequência, coeficiente de correlação, análise de agrupamentos e teste de média. Foram avaliadas pesquisas anteriores e os métodos aplicados no estudo são diferentes da análise realizada na literatura nacional com os resultados da OBEF. Sobre as questões, foi verificado se a legibilidade está coerente com o nível educacional dos participantes, o que propicia uma perspectiva de como a prova está elaborada e como poderia ser aprimorada. Além disso houve a correlação dos assuntos abordados na prova com aqueles inclusos na Base Nacional Comum Curricular e a dissertação de mestrado de Matta (2007). Em adição, verificou-se o nível de dificuldade de cada teste, a relação entre as questões através do dendrograma e o gráfico de calor das questões de cada teste, desse modo, buscando sob uma perspectiva dos resultados os pontos fortes e fracos da prova. É perceptível uma contribuição do estudo para a área contábil ao enfatizar a importância dos temas de educação financeira inclusos no conteúdo de finanças, o que traz uma maior valorização e visibilidade da área contábil. A metodologia usada na pesquisa pode ser aplicada não somente na OBEF, mas também em qualquer processo de avaliação.