Brasil e Cuba : a política externa independente e a Revolução de Fidel

Abstract

Esta monografia tem como objetivo investigar a Política Externa Independente brasileira (PEI) nos seus entrelaçamentos com a Revolução de Cuba liderada por Fidel Castro. Objetiva-se analisar aspectos dos desafios enfrentados pelo Brasil no contexto da emergência da Revolução Cubana (1959) e seus significados para a América Latina nos anos subsequentes. A abordagem do tema concentra-se no período de vigência da PEI (1961-1964), implementada nos governos dos presidentes Jânio Quadros e João Goulart. Procura-se responder à pergunta: Qual o posicionamento central da PEI em relação à questão cubana? Aspira-se, também, examinar o panorama das relações Brasil-Cuba. Nesse sentido disserta-se brevemente sobre as origens da PEI, sua formulação, seus propósitos, posicionamentos, repercussões e consequências práticas, tanto no contexto interno quanto externo – particularmente ao que reporta à Cuba sob a liderança de Fidel. Igualmente, discorre-se sobre a figura do líder e configurações da revolução por ele comandada. Embasa a linha de argumentação do tratamento do tema uma pesquisa de natureza qualitativa envolvendo um levantamento bibliográfico, de fonte de imprensa (realizada no site da Biblioteca Nacional Digital/BNDigital) e documental (ocorrida no Arquivo Central do Itamaraty, em Brasília/DF). O trabalho conclui que a tese central da PEI em relação à Cuba de Fidel foi o equacionamento da questão cubana mediante sua neutralização. Esta proposição foi, porém, simplesmente ignorada pelos polos antagônicos da Guerra Fria.