A perspectiva do metabolismo social e sua contribuição para mensuração da (in)sustentabilidade ambiental do desenvolvimento humano

Abstract

Com o passar dos anos, o aumento do desenvolvimento trouxe consigo a melhora na qualidade de vida de alguns países, principalmente daqueles que detinham um PIB alto. Porém, o modelo predominante de desenvolvimento veio acompanhado do uso acelerado dos recursos naturais, causando impactos ambientais que podem se tornar irreversíveis. A consequência foi tamanha que cientistas começaram a debater o surgimento de uma nova época geológica, conhecida como Antropoceno, causada, pela primeira vez, através das ações antropogênicas. A ideia de desenvolvimento sustentável foi então vista como um meio necessário para evitar maiores pressões no meio ambiente. Como meio de entender os processos ocorridos nos países e identificar a sua (in)sustentabilidade, o presente trabalho faz uma análise do metabolismo social das economias, ou seja, um estudo sobre os processos de troca de materiais entre a sociedade e o meio ambiente, analisando a estrutura da dinâmica de fluxo de estoque e as conexões entre os processos físicos, econômicos e as atividades humanas de produção e consumo. Para isso, serão utilizados os indicadores DMC (Domestic Material Consumption) e pegada material para analisar os fluxos de materiais dos países que mais sofreram ajustes com o IDH ajustado as pressões planetárias do Relatório de Desenvolvimento Humano 2020 desenvolvido pelo PNUMA. Além disso, será analisado o fluxo através da complexidade econômica de um país. O objetivo é entender como o uso dos recursos e o fluxo dos mesmos tem contribuído para a (in)sustentabilidade do modelo de desenvolvimento humano vigente.