Da resistência ao avanço : uma discussão sobre o papel político e as possibilidades do design no combate ao fascismo através do ciberativismo no Brasil

Abstract

O advento do ciberespaço e das redes sociais não só propiciou como tem trazido cada vez mais debates sobre as possibilidades de aplicações técnicas do Design. Entretanto, ainda é preciso em muito ampliar as discussões a respeito do cunho político de seu ofício nesse ambiente, principalmente no que se refere ao ciberativismo no Brasil. Tendo esses ambientes como sua principal fonte de informação, os brasileiros, embora não exclusivamente, têm de lidar com as mistificações e as fantasmagorias difusas da simulação do real, estando refém de um processo de fascistização potencializado pela própria forma como operam osalgorítimos. A partir de revisão bibliográfica e da análise de produções visuais destinadas ao ciberativismo, tanto do Movimento Design Ativista - progressista -quanto do Movimento Brasil Livre – extrema-direita -, o objetivo deste trabalho é de trazer à baila uma discussão sobre o papel e as potencialidades do Design de capturar e materializar afetos políticos no espaço virtual (Ciberespaço) através do Ciberativismo no Brasil. Seguindo uma base materialista, os resultados da pesquisa indicam que a eficácia da representação simbólica dos conteúdos de extrema-direitas e devem também a pesados financiamentos do empresariado nacional e internacional. Além disso, conclui que a produção de cunho progressista tem disputado o espaço de diferentes formas, passando desde um papel de resistência até da tradução de afetos potentes para o avanço de suas pautas.